O Visconde que me amava
Autora: Julia Quinn
N° de páginas: 288
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
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A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano seráAnthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração. Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.
Em 1814 começa mais uma temporada da alta sociedade londrina. Como de costume, mães casamenteiras "atacam" os possíveis maridos para as suas preciosas filhas. Dentre os membros mais estimados encontra-se os da família Bridgerton. Anthony, filho mais velho da família, é um dos alvos mais cobiçados e contrariando o seu lado libertino, decide procurar uma mulher para ser a sua esposa. A grande escolhida é a belíssima e doce Srta. Edwina. O único probleminha que ele não esperava encontrar era Kate Sheffield, a irmã mais velha e super protetora da Edwina.
Kate estava disposta a tudo para manter os libertinos longe de sua irmã mais nova, e não importava se eles eram ricos, bonitos, charmosos e extremamente cativantes... como um certo visconde.
Neste segundo volume da série da família Bridgerton, lançado em 2013 pela Editora Arqueiro, continuamos vendo uma Julia Quinn afiada na caracterização de personagens extremamente cativantes e super pontual no uso do humor sarcástico dos mesmos, isso me chamou atenção em sua obra e não é a toa que muitos a chamam de Jane Austen moderna.
Quando pontuo a caracterização dos personagens é por que de fato a autora se sobressaiu (em relação ao primeiro livro, o duque e eu) nesse aspecto. Anthony, por exemplo, apesar de ser considerado um libertino e ser um pouco grosso, além, de ter algumas atitudes irritantes, o personagem tem um outro lado diferente que vai sendo exposto no decorrer da trama. Esse lado é mais gentil, familiar e honesto. Achei interessante o feito da autora mostrar primeiramente as imperfeições do personagem para só depois mostrar as perfeições.
Com relação a mocinha da história, o que de fato me agradou foi que apesar da inexperiência, a mesma mostrou uma maturidade crível e coerente. Eu simplesmente me apaixonei pela Kate, que mesmo tendo sofrido com a morte dos pais e morando com a madrasta e a meia-irmã, nunca se sentiu excluída ou se fez de coitadinha. Ela nem mesmo reclamava em ficar em segundo plano para a Edwina que era de uma beleza incomparável. A Kate se aceitava como era e aceitava o seu "possível" destino.
E é por serem como são; cheios de atitudes, extremamente sarcásticos e com um senso super protetor, que o Anthony e a Kate proporcionam embates maravilhosos. Ele tentando agradar a Kate por causa da sua irmã ou simplesmente por querer irritá-la (que ele percebe ser impossível não o fazer) assegurou nessa pessoa que vos escreve, belas risadas. O melhor foi ver que a aversão que ambos sentiam um pelo outro se transformando a medida que ambos se permitiram conhecer. E justo quando ambos admitiam sentimentos, um acontecimento acabou acelerando tudo e os dois se viram em um casamento que inicialmente, estava fadado a amizade, convivência e lealdade, mais não no amor. Neste ponto devo fazer uma critica, acho que o caminho escolhido pela autora foi o mais fácil, acredito que se eles demostrassem o que de fato sentiam, muitas coisas teriam sido evitadas e a história tomaria um rumo bem mais intenso e atraente. Apesar desta minha apreciação, não acho que isso chegou a comprometer a história. A verdade é que ela tomou (alguns) elementos já usados em outros livros da série e tornou o rumo da trama bem mais clichê - o que não é um problema para mim.
Com o casamento dos personagens a trama ganha um ar mais denso e profundo. Um segredo paira entre os dois e conflitos surgem pelo que não foi dito - o que se deve em grande parte pelos traumas que o Anthony tem desde que perdeu o pai. Além disso, a Julia aprofunda mais o lado sensual da relação dos dois (sempre com um toque de humor) e a conexão da família Bridgerton.
Trata-se, por fim, de uma história muito bem desenvolvida, com personagens extremamente apaixonantes, um enredo sedutor e uma narrativa carismática que me fez cativa durante os dias em que acompanhei a história. Por tudo isso, definitivamente, recomendo a leitura do livro que se tornou o meu favorito da série - até o momento.
Os livros podem ser lidos sem uma ordem, eu já resenhei alguns deles aqui:
O duque e eu
Os segredos de Colin Bridgerton
Para Sr. Phillip, com amor
Todos os livros da série lançado no país:
Família Bridgerton (para quem não sabe, os nomes dos irmãos são em ordem alfabética).
Capas originais: